Fênix do cinema
No filme Cisne Negro, do diretor
Darren Aronofsky, um perturbador thriller psicológico ambientado no
mundo fisicamente doloroso do balé profissional, é surpreendente ver
Winona Ryder em um papel tão pequeno — sem mencionar o fato de ela
interpretar a envelhecida primeira- bailarina Beth, que foi forçada a se
aposentar por sua companhia, em Nova York, e acabou substituída por
Nina, a personagem de Natalie Portman. O filme lida com uma tensão
assustadora e alucinada, que foca o desvendar da mente de Nina enquanto
ela obsessivamente se prepara para estrelar a turnê de uma versão do
grupo para O Lago dos Cisnes. Winona talvez não apareça em cena
por mais de 20 minutos — seu papel fica entre o de uma coajuvante e uma
participação especial. Ainda assim, pálida como sempre, com impossíveis
olhos escuros, que dominam seu rosto de namoradinha, ela consegue fazer
sua presença parecer realmente grande. O filme com certeza não teria a
mesma tensão palpável sem ela. Talvez a escolha da atriz — uma
ex-ingênua na vida real interpretando uma ex-ingênua — tenha sido
simplesmente eficiente. Mas existe uma poderosa alquimia, que é a
própria Winona.
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