A
compra de marcas e de produtos éticos é uma preocupação crescente entre os
consumidores de moda, que acreditam ser possível evoluir para um mundo melhor
através do simples acto de comprar. E é com este princípio basilar da nova
forma de consumir que o salão Ethical Fashion Show encara o papel da moda já no
presente.
A indústria da moda à escala global é também, e antes de tudo, um
enorme mercado e uma potência económica que gera emprego e riqueza. Esta
riqueza pode tornar-se num importante vector de desenvolvimento
sustentável e de justiça social. E foi para dar sentido a isso que o
salão de moda Ethical Fashion Show abriu as portas em 2004.
Os objectivos subjacentes a este salão são, segundo a Messe
Frankfurt, a entidade que organiza o salão, por um lado, provar que «a
moda ética é simultaneamente tendência, criatividade e geradora de
benefícios sociais e ambientais» e, por outro, permitir «o encontro de
criadores de todos os horizontes que se inscrevem na moda ética com os
compradores da fileira têxtil».
Para a sua 8ª edição, que decorrerá de 1 a 4 de Setembro no Carrousel
du Louvre, o salão parisiense propõe um extensivo programa que inclui
mais de uma centena de showrooms de criadores de moda provenientes de
todo o mundo, desde Itália e EUA à Índia e Peru; palestras sobre as
temáticas do têxtil e do vestuário, desfiles de moda, a entrega do
Prémio “Ethical Fashion Show 2011” e ainda um espaço de exposição e de
projecção vídeo.
Na sua edição de 2010, o Ethical Fashion Show apresentou 90 showrooms
de criadores, conferências, exposições e desfiles que foram amplamente
apreciados por mais de 2.100 visitantes profissionais. «Com uma oferta
de qualidade cada vez mais diversificada, o salão provou a todos os
actores do mercado que a moda ética está em franco crescimento», afirmou
a Messe Frankfurt no balanço do salão.
A Messe Frankfurt, uma das maiores entidades mundiais organizadoras
de salões profissionais adquiriu o Ethical Fashion Show em 2010, O grupo
alemão manteve, todavia, a fundadora do salão, Isabelle Quéhé, à frente
da organização do mesmo, quer no plano temático quer na direcção
artística. Isabelle Quéhé, presidente da Universal Love, que criou em
1995, quis, com estas suas diferentes iniciativas tornar Paris também
capital da moda ética. Uma aposta ganha tendo em conta o sucesso
crescente do Ethical Fashion Show ao longo dos seus seis anos de vida,
sendo hoje um ponto de encontro incontornável para quem vê a moda não
menos moda mas melhor moda.
Portugal Têxtil |
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