sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não é porque os músculos doem que o treino funciona
O desconforto também pode ser sinal de exageros e má execução


Em vez de reclamar, você festeja quando a dor aparece. Suave, mas persistente, o incômodo muscular no dia seguinte ao treino vale como sinal de que o esforço está valendo a pena. Mas será que ele é mesmo necessário? "A não ser que o objetivo seja hipertrofia muscular (aumento de massa), a dor não é sinônimo de resultado", afirma a personal trainer Mariana Dib. Ela explica que os exercícios provocam micro lesões nas fibras musculares que, cicatrizadas no dia de descanso, aumentam de tamanho.
Vem daí a importância de um treino variado: assim, os músculos não se acostumam e permanecem definidos. Mesmo que você não queria aumentar as cargas, precisa trabalhar os exercícios em ordens diferentes e variar também o número de séries e de repetições. Mas a ausência de dor pós-treino não é motivo imediato de preocupação. Ela pode significar um equilíbrio de volume e intensidade dos exercícios", afirma o professor Cleoson Carvajal, da academia Lembu-Kan Sports. Segundo ele, as dores são mais comuns quando o programa tem por meta o aumento da massa muscular -- neste caso, a necessidade de microleões é maior, daí a dor.
Para notar os resultados, entretanto, o descanso é fundamental. São necessárias, pelo menos, 24 horas para que o corpo volte a ficar pronto para receber um novo estímulo muscular na mesma região. Sem a pausa, em vez de avançar, o seu rendimento cai: isso porque haverá desgaste sem que a recuperação tenha acontecido.

Logo após o treino

Alongando bem os músculos quando terminar seu treino, as dores também diminuem. Isso porque os movimentos ajudam na distribuição de ácido lático, substância liberada quando os músculos são expostos a situações de estresse, como nos treinos com carga. "Só não exagere nas distensões ou as fibras, que já estão fadigadas, podem sofrer lesões", diz Mariana Dib.
Reservar ao menos meia hora para a caminhada, no dia do treino, também pode contribuir para que as dores sejam menores. Outra opção é fazer uma massagem nos músculos que foram trabalhados, favorecendo o relaxamento e evitando que as dores surjam no dia seguinte.
"A dica que dou aos meus alunos é, após o treinamento, realizar 10 minutos de exercícios aeróbicos e alongamentos de grau de amplitude baixa, isso vai ajudar muito a evitar ou diminuir as dores pós-treino", afirma o professor Cleoson Carvajal. Eles melhroam a oxigenação nos músculos e, em consequencia, suavizam as dores.
E não se engane: se o incômodo persistir por mais de dois dias fale com o seu professor de ginástica ou procure um ortopedista. Nem sempre as dores são indício de que o treino está funcionando, ele também pode ser sinal de movimentos errados ou de um esforço que seu corpo ainda não está pronto para realizar. "Dando prosseguimento, o aluno fica mais sujeito a lesões e pode acabar precisando de muitos dias de repouso. Isso atrapalha o rendimento e ainda desmotiva", diz Mariana.
Para medir os resultados
Além de revelar os melhores exercícios para o seu objetivo e para o seu perfil, a avaliação física oferece os parâmetros mais exatos para medir os resultados do seu treino. Durante cerca de uma hora, o professor tira suas medidas e confere as variações no porcentual e gordura, no alongamento e no aumento de massa magra músculos. Assim, ele consegue analisar em que pontos é preciso intensificar os exercícios para que você alcance suas metas mais rapidamente.
Tomando fôlego
Mesmo que o estimulo varie (hipertrofia ou resistência por exemplo), o descanso no dia seguinte continua necessário. A recuperação entre os exercícios e entre as sessões de treinamento, segundo o professor da Lembu-Kan Sports, são tão importantes quanto o próprio treinamento. Se você quiser praticar atividade física diariamente, alterne o trabalho entre os grupos musculares.
Fonte:.minhavida.com.br/materias/esporte

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