quarta-feira, 13 de maio de 2009

Imagem divulgada pela Nasa mostra região entre o Mar Vermelho, a península Sinai e Mar Mediterrâneo. No primeiro plano, aparece a Arábia Saudita. À es

Dia 13 de maio - Abolição da Escravatura, Princesa Isabel sancionou a lei que pôs fim à escravidão


A Lei Áurea, sancionada pela princesa Isabel a 13 de maio de 1888, foi o resultado de uma batalha legislativa iniciada na década de 1870. Isabel enfrentou a resistência dos representantes dos proprietários de escravos para levar o projeto de lei à votação. "Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono", disse-lhe um parlamentar, após a aprovação da lei.





Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil. "Áurea" quer dizer "de ouro" e a expressão refere-se ao caráter glorioso da lei que pôs fim a essa forma desumana de exploração do trabalho. Em território brasileiro, a escravidão vigorou por cerca de três séculos, do início da colonização à assinatura da lei Áurea. Apesar disso, ainda hoje, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo, há formas de trabalho semelhantes à escravidão. A sanção ou aprovação da lei foi, principalmente, o resultado da campanha abolicionista que se desenvolvia no Brasil desde a década de 1870, mas não se pode negar o empenho pessoal da princesa Isabel, então regente do Império do Brasil, para sua aprovação. Primeira senadora brasileira e primeira mulher a assumir uma chefia de Estado no continente americano, a princesa Isabel se revelou uma política liberal nas três vezes que exerceu a Regência do país. Abolicionista convicta, já havia lutado pela aprovação da Lei do Ventre Livre, em 1871, e financiava com dinheiro próprio não só a alforria de dezenas de escravos, mas também o Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas - a flor-símbolo da abolição.
Batalha parlamentar
A terceira regência da princesa Isabel, iniciada a 3 de junho de 1887, foi marcada pelas relações tensas da regente com o Ministério, presidido pelo conservador João Maurício Wanderley (1815-1889), o Barão de Cotegipe. Na verdade, a princesa forçou Cotegipe a demitir-se, nomeando, em março de 1888, o liberal João Alfredo Correia de Oliveira (1835-1915), para primeiro-ministro. Com João Alfredo à frente da Assembléia Nacional (que equivale ao atual Congresso), os abolicionistas conseguiram enfrentar a resistência dos representantes dos proprietários de escravos e levar o projeto de lei a votação. Conseguiram também evitar que o Estado brasileiro indenizasse os proprietários de escravos pelo fim da escravidão - conforme eles pleitearam no poder Legislativo e Judiciário. Para a família imperial brasileira e para a própria Isabel, o custo da luta da princesa foi alto. O fim da escravatura fez ruir as últimas bases de sustentação do regime monarquista. Cerca de um ano e meio depois, a República foi proclamada. Aliás, convém lembrar que, com isso, cumpria-se o que já havia previsto o próprio Barão de Cotegipe, que dissera à princesa Isabel, depois da sanção da lei Áurea: "Vossa alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono". De fato, a idéia de República conquistou definitivamente as elites econômicas brasileiras muito em função da abolição da escravatura, que teve como subproduto as legiões dos chamados "republicanos do 14 de maio".

Fonte:Antonio Carlos Olivieri*
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

domingo, 10 de maio de 2009

O vaticano aparece com mas uma abobrinha bla bla bla ...Vaticano pede que fiéis não vejam "Anjos e Demônios"


O filme mantém acesa a polêmica com a Igreja Católica, sempre presente no que concerne ao autor americano.
No dia seguinte à sessão na capital italiana, o bispo Antonio Rosario Mennonna, de 102 anos, entrou com uma denúncia na Procuradoria de Roma e de Potenza, chamando o filme de "difamatório e ofensivo aos valores da igreja e ao prestígio da Santa Sé" e conclamando os fiéis católicos a não irem vê-lo.
O líder da Liga Católica nos EUA, William Donohue, disse que Hollywood "inventou uma história para difamar a igreja" e classificou o filme de "anticatólico". Ron Howard agradeceu e disse que esse tipo de polêmica ajuda no marketing.

O diretor Ron Howard, 55, aprende com seus erros. Após fazer "O Código Da Vinci", adaptação do livro de Dan Brown, e ser um fracasso de crítica, ele adapta "Anjos e Demônios" --que estreia no Brasil no dia 15--, do mesmo autor, com mais ação, ritmo muito mais acelerado e, surpreendentemente, nenhum sexo.

Em exibição para a imprensa, em Roma, na semana passada, foi consenso entre jornalistas que este longa é melhor que o anterior. O sucesso se explica numa palavra: liberdade.
7.mai.09-Katsumi Kasahara/AP
Diretor Ron Howard, atores Tom Hanks e Ayelet Zurer e produtor Brian Grazer (da esq. à dir.) posam na divulgação do filme (Tóquio)
Diretor Ron Howard, atores Tom Hanks e Ayelet Zurer e produtor Brian Grazer (da esq. à dir.) posam na divulgação do filme (Tóquio)

Howard e os roteiristas David Koepp e Akiva Goldsman cortaram, fundiram personagens e reescreveram uma boa parte do final. "Faz parte de uma adaptação ter de escolher. Fazendo uma autocrítica, diria que fui muito devotado ao original em "Código Da Vinci". Neste filme resolvi mudar mais. E, depois de tantos comentários, achamos que Robert Langdon podia ganhar um corte de cabelo", diz o diretor, em evento de lançamento europeu. "Isso foi meu maior desafio", brinca Tom Hanks, 52.

Ele está novamente no papel do simbologista de Harvard Robert Langdon, que é chamado para desvendar os mistérios em torno de uma série de assassinatos. Um extremista sequestra e mata de hora em hora quatro cardeais cotados para a vaga aberta com a morte do papa. À meia-noite, uma bomba vai explodir dentro do Vaticano durante esse conclave.

Brown aprovou as mudanças: "Foi interessante testemunhar o processo de transformar um texto denso num thriller inteligente e de rápida diversão, mas nada foi feito pensando em agradar aos católicos".
Durante as filmagens, o longa teve negado acesso a várias partes do Vaticano, que foram recriadas em estúdio em Los Angeles. "Não esperava cooperação", diz o diretor. "Nunca estive no cartão de Natal da igreja, mas esse ataque acontece sem ninguém ter visto o filme".
O diretor convidou representantes da igreja para assistir, "mas todos declinaram". O astro de US$ 20 milhões Tom Hanks fez uma espécie de "anticampanha". "Se você acha que o filme vai atacar sua fé, simplesmente não vá ao cinema.

Nós imploramos, por favor, não vá", disse em tom jocoso.

Uma festa que estava programada para acontecer em Roma foi cancelada por interferência extraoficial do Vaticano. "Foi deixado claro por alguns canais que a igreja não aprovava aquilo", disse o diretor.

Sem beijo

Vivida pela israelense Ayelet Zurer, a mocinha foi transformada em uma mulher mais realista. A atriz diz que no livro Vittoria Vetra parecia uma "super-heroína": "Afinal, ela é muito inteligente, contesta Einstein e ainda é sexy".
Na versão cinematográfica, ela é "uma mulher que você consegue encontrar na rua".

Talvez por isso ela não tenha encantado Langdon, com o qual não tem nenhuma cena romântica. Hanks relativiza: "Nas 24 horas em que se passa o filme eles não conseguiriam achar tempo para um beijo.

Pensamos em mudar a locação de uma das mortes para um hotel onde eles pudessem transar, ou um carro grande, como um Alfa Romeo, mas não ficou bom no roteiro", ri ele.