domingo, 16 de agosto de 2009

Exposição em São Paulo apresenta os figurinos desenhados pelo estilista Christian Lacroix para teatro, ópera e balé


Apaixonado por teatro desde a meninice, vivida na cidade francesa de Arles, o estilista Christian Lacroix começou a desenhar figurinos para peças, balés e óperas antes mesmo de criar sua grife de alta-costura. Um dos principais responsáveis por injetar cor e extravagância ao segmento mais exclusivo da moda — dominado até meados da década de 1980 por trajes minimalistas —, Lacroix empresta o estilo barroco de suas coleções a figurinos de personagens memoráveis, como a Desdêmona da montagem francesa de Otelo (1995), de Shakespeare, e Fedra, papel-título da clássica tragédia de Racine, levada aos palcos parisienses no mesmo ano.
Como parte dos eventos do Ano da França no Brasil, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (MAB-Faap), em São Paulo, abriga, a partir de 24 de agosto, cerca de cem peças de figurinos teatrais e 80 croquis. Eles compõem a exposição Christian Lacroix — Trajes de Cena, já vista na França e em Cingapura. Sejam para as passarelas ou para o palco, as roupas concebidas por Lacroix carregam elementos básicos para um verdadeiro show de estilo: tons vibrantes, ousadia e brilho na medida exata. Nas páginas que se seguem, três amostras da exposição — Romeu e Julieta, Sherazade e Fedra, as duas últimas ilustradas pelas montagens em que os figurinos foram usados.

BALÉ: SHERAZADE
Quando foi convidado pela coreógrafa francesa Blanca Li para desenhar o figurino do balé Sherazade (2001), Lacroix propôs a ela que esquecessem as peças da célebre montagem de 1910, dirigida pelo russo Serguei Diaghilev. Para a nova versão, pensou em cinco matrizes de cores: branco, vermelho, azul, preto e branco e uma policromática, inspirada nos tons do amanhecer. Calças curtas ou pantalonas, lenços de tafetá e peças com apliques compunham a coleção. À direita, o croqui do figurino da protagonista, que aparece suspensa na cena da montagem (abaixo). À esquerda, é possível ver exemplos do vestuário masculino e feminino, ambos de inspiração árabe.

BALÉ: SHERAZADE
Quando foi convidado pela coreógrafa francesa Blanca Li para desenhar o figurino do balé Sherazade (2001), Lacroix propôs a ela que esquecessem as peças da célebre montagem de 1910, dirigida pelo russo Serguei Diaghilev. Para a nova versão, pensou em cinco matrizes de cores: branco, vermelho, azul, preto e branco e uma policromática, inspirada nos tons do amanhecer. Calças curtas ou pantalonas, lenços de tafetá e peças com apliques compunham a coleção. À direita, o croqui do figurino da protagonista, que aparece suspensa na cena da montagem (abaixo). À esquerda, é possível ver exemplos do vestuário masculino e feminino, ambos de inspiração árabe.

TEATRO: FEDRA
Para o figurino da montagem de Fedra (1995), dirigida por Anne Delbée e apresentada na Comédie-Française, o estilista trabalhou principalmente com tecidos egípcios, tingidos em vários tons. Inspirado no vestuário da Antiguidade grega, Lacroix desenhou modelos que destacam o movimento e o volume das peças, como o vestido da página ao lado (em cores). Na imagem da montagem (à esq., em preto-e-branco) pode-se ver a sobreposição de peças do personagem em cena, outro recurso estilístico amplamente utilizado na composição deste figurino.

ONDE E QUANDO
Christian Lacroix — Trajes de Cena. Museu de Arte Brasileira — Fundação Armando Álvares Penteado (rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo, SP, tel. 00++/11/3662-7198). De 24/8 a 1º/11. De 3ª a 6ª, das 10h às 20h. Sáb., dom. e feriados, das 13h às 17h. Grátis.
Fonte:bravonline.abril.

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