quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como sempre, a Maison Chanel surpreendeu mais uma vez. Realizado na última terça-feira, dia 6 de outubro, no tradicional Grand Palais de Paris, o desfile da marca ofereceu uma bela surpresa a todos os presentes.

Ao entrar, uma fazenda. Foi assim que o mestre Karl Lagerfeld apresentou a nova coleção. Uma decoração rústica, inspirada na granja de Maria Antonieta, rainha da França, que existe no Palácio de Versalhes.

Na plateia, celebridades como Prince, Claudia Schiffer, Anna Mouglalis, Virginie Ledoyen, Sean Lennon, Irina Lazareanu e Natalia Vodianova sentaram em bancos de troncos rústicos forrados com juta. A decoração utilizou 150 metros de guirlandas de flores silvestres, além de duas toneladas de argila, pilhas de feno, grama, restos de verde e palha, tudo para conferir o cenário campestre.

O início do desfile foi anunciado pelo canto de um galo. O silêncio tomou conta da sala. Como será a próxima coleção de verão proposta pelo kaiser? A grande estrela não deixou a desejar. Com leves toques coloridos, os lançamentos valorizaram, sobretudo, o artesanal.

Com muita feminilidade, o verão 2010 de Chanel faz um retorno à simplicidade. Vestidos fluídos com estampas campestres, peças feitas em crochê, casacos longos ou paletós curtos fizeram contraponto com pesados tamancos “sabot” de solados de madeira.

Ainda assim, a coleção conseguiu ser sexy. Bolsas e acessórios, como as sandálias no estilo campestre, eram decorados com flores, dando um toque poético aos looks. Calças largas de cortes acima do tornozelo e delicados cardigãs de tons pálidos, inspirados nas roupas que Mademoiselle Chanel usava em sua casa de campo “La Pausa”, fizeram referência ao conforto.

A grande dama já dizia: “O luxo deve ser confortável, do contrário não é luxo”. As tradicionais bolsas em matelassê deram lugar a cestas decoradas com flores e o monograma da marca. No final, a noiva de pés nus, com um buquê de flores secas, encerrou o desfile com simplicidade e descontração.

Como sempre, a marca deverá ser parâmetro para muitas outras ao redor do mundo. Por isso, nas próximas temporadas, é bem provável que coleções troquem os paetês pela simplicidade do artesanal, com peças em crochê, tricô, florais, rendas e fuxicos.

Mesmo fazendo referência ao campo, Karl Lagerfeld explica que não é uma coleção com apelo unicamente ecológico: “Não se trata de uma comunidade hippie anos 1960”. E continua: “A ecologia é uma coisa da qual sou totalmente a favor, mas é preciso dar um toque de moda, um pouco de sofisticação”.

Fonte:Núcleo de Pesquisa e Comunicação/UseFashion
Colaboração: Stella Pelissari/Paris

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