segunda-feira, 9 de agosto de 2010

2º Design Forum Megatendências, 2º Design Forum MegatendênciasEvento tratou das gerações X, Y e Z, colocando a sustentabilidade nos novos hábitos

Discute-se muito sobre consumo e nunca se consumiu tanto quanto atualmente. Fala-se cada vez mais em sustentabilidade, mas é fato que há necessidade de alteração no modo de vida atual. Esse foi o tema central do 2º Design Forum Megatendências: discutir a necessidade de práticas mais sustentáveis para se continuar a viver na Terra, mostrando que os seres humanos precisam se transformar em uma espécie melhor, que preserve os recursos naturais, repense hábitos e recrie processos.   Realizado no Hotel Renaissance, em São Paulo, no dia 3 de agosto, o evento teve a participação de palestrantes internacionais como Giorgio Bersano e Roberto Panzarini, além de brasileiros já consagrados, como Guto Requena. UseFashion esteve presente e destaca os melhores momentos.

Para Carolina Piccin, sócia da Sistema Assessoria Ambiental e gestora ambiental, não se pode mais falar em custos altos, pois a tecnologia avançou rapidamente tornando possível o desenvolvimento de materiais sustentáveis cada vez mais baratos. Portanto, possíveis de se aplicar em um novo modo de viver que reutiliza, renova e recicla. Apresentou pesquisas que mostram que 4 em cada 10 brasileiros se mostram dispostos a pagar por produtos ecológicos.


Carolina alerta, ainda, para o Greenwashing, nos quais o apelo eco-friendly está apenas nos rótulos, e aponta esse como o principal problema na comercialização dos produtos. Ela destaca a importância do Ecodesign que incentiva a criação, levando em conta o desempenho ambiental e apresentando alternativas ecológicas a propostas já existentes:• Revestimentos com madeiras reaproveitadas;

• Madeira plástica;

• Painéis em fibras de bananeiras;

• Cerâmica recilcada;

• Cerâmica com resíduo de lâmpada.

O arquiteto Guto Requena falou sobre as tendências de morar e viver e foi um dos destaques do dia. Segundo ele, a formação de novos grupos familiares com diferentes perfis interfere hoje na configuração tradicional das casas, mas não é o único aspecto comportamental a ser levado em conta. A ideia de cibercultura dá a possibilidade do morador não só interagir com o computador e a internet, mas também com sua própria área residencial, chegando ao conceito da flexibilização dos espaços e do mobiliário.

“Se a família mudou, se os hábitos mudaram, seu espaço deve certamente acompanhar tais transformações", afirma. Os espaços podem ser flexíveis, conciliáveis, terem tecnologias multifuncionais e úteis, e serem menos pretensiosos. Ele acredita ainda em uma arquitetura sustentável, que reutiliza materiais e reaproveita recursos.

O comportamento do consumidor e as gerações X, Y e Z foi o tema da palestra dada por Rodrigo dos Reis, publicitário da Zeitgeist. Rodrigo destacou:

• Geração X (1965 – 1979): individualista e descrente. Foi quando os pragmáticos começaram a aparecer no Brasil;

• Geração Y (1980 – 1999): nascidos analógicos e desenvolvidos digitalmente, desenvolveram-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica;

• Geração Z (a partir de 2000): nativos digitais, são multifuncionais. Não sabem o que é viver sem computador rápido, internet e celular.

O arquiteto italiano Giorgio Bersano ressaltou a qualidade do design de seu país, já que a Itália se tornou referência no ramo de móveis. Também explicou a importância dos ícones de design, alternativa criada devido à grande quantidade de informações que o consumidor recebe, deixando-o confuso. Roberto Panzarani falou sobre business innovation e como as empresas e profissionais podem olhar e trabalhar o futuro de seus negócios, com uma visão do intangível.   Outros destaques do dia foram as apresentações de José Paim de Andrade, presidente da MaxCap, construtora dos empreendimentos MaxHaus, que aposta na arquitetura aberta. Elisabeth Wey, presidente do Comitê Brasileiro de Cores, trouxe informações sobre as tendências das cartelas de cores em sintonia com as novas gerações e destacou a necessidade de evidenciar tons brasileiros para reforçar o posicionamento global do país. Elisabeth destaca tons de azul para o verão 2010/11, que podem ser retirados de nossas belezas naturais.


















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